segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Amor do não amor


Eu insisto no querer do amor, pois bem, o tive
Porém ele não desiste em insistir no meu
Talvez, saiba amor do meu não amor
que eu apenas ame
amores que jamais venham me amar.
É como um imã que puxa e desequilibra
essa facilidade que tenho de amar
quem não sabe amar.
No entanto, meu melhor não diz só de amor
diz dos sentimentos
Desabrochando como uma bela e triste flor.
bela ao tocar, melhor seu néctar ao provar
triste em seu fim, pois morre sem querer dizer sim.
Meu sentimento é intenso e imaturo
amo em dias frios e cinzentos, não nos quentes e escuros.
Amor do meu não amor
és para ti o meu perdão
perdão do qual pedirei a todos os amores que não virei a amar.
Pois sou assim
Fácil em amar amores dos quais não são para mim.
Até quando?
Até o amor do não amor dizer sim

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Tendências


Existe certo momento em nossas vidas que desejamos ter tudo, desde as pessoas até os dias mais quentes, ou até mesmo de inverno mais intenso. Queremos viver e intensificar-nos ao calor do sol e esfriar-nos no quente frio intenso que vem do sul.
Querer vem quando começamos nós mesmos a fazer nossas buscas, pois desejos de crianças não contam, crianças querem o mundo sem saber que ele simplesmente nos pertence.
Eu cresci tendo as coisas que meus pais buscavam a mim, e hoje vejo que nada muda os pais só sabem fazer isso. Dar o melhor a seus filhos.
No entanto não critico o porquê fazem isso, afinal só querem o melhor para teus pequenos.
Pois bem, quero desejar algumas coisas para minha vida. Não esquecendo que desejos vêm e voltam, alguns sempre voltam se não voltam é porque nunca foi desejado de verdade.
Eu desejo que toda essa marca, toda essa elite se afogue no próprio veneno, desejo que suas crianças das quais tudo possuem e as mesmas crescem como os próprios, que mudem ao crescerem e joguem tudo para o alto, que queiram matar fome de vidas, fazendo que assim alimentem suas almas e queimem como água benta em demônios a mente de seus pais.
Desejo o desespero do amor gritando alto por socorro, para que o salvem das hipocrisias que hoje ocorrem.
Desejo que toda essa tendência do submundo girar e crescer por almas intransigentes, que amadureçam por fé e carinho, nada mais.
Desejo que ao amar uma só pessoa a ame verdadeiramente ou se não, ame a várias, porém todas por pouco tempo.
Desejo que essa tendência de que crianças já não são crianças aos dose anos ACABE! Para mim meninas usam vestidos rodados, meninos usam bermudas soltas e brincam de correr pelos campos em que o azul do céu mistura-se com o vermelho chão em terra e verde grama no jardim.
Desejo que o homem ame mais seus animais, que todo esse abandono termine em novas casas e novos abrigos para os pobres.
Desejo que os políticos agissem com o amor que pregam ter verdadeiramente, e que toda a grande porcentagem que ganham fosse doada para obras que realmente necessitam obras de VIDAS.
Desejo aos músicos antigos que não morram e que os compositores passem antes da morte sua sabedoria a pessoas das quais saibam usar de alma e coração todo esse dom.
Desejo que essa tendência de querer mudar o mundo acabe, pois o mundo não muda, e como isso já é bem manjado e todos sabemos, não é o mundo que tem de mudar e sim o ser humano que pensa saber como comandar a vida, esse sim tem de crescer.
Desejo que toda essa tendência de querer paz acabe, pois desejamos demais e agimos pouco, assim como uma andorinha só não faz verão, um poeta sozinho não toca corações.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Doida histeria


Enquanto as horas de um dia vai passando a cada 60 segundos
 em milésimos a terra gira em volta do sol, trazendo segurança à meu mundo.
Enquanto o céu em um azul profundo sem querer clareia o dia
eu vejo nas nuvens desenhos que quase sem querer eu não queria.
Enquanto a brisa como quem não quer nada toca os lábios das flores das quais são coradas
eu sinto cada perfume como dor de uma flechada.
Enquanto perdemos tempo dizendo que o fim esta por vir
o sol aquece almas que virão a partir.
Enquanto a noite dormimos pensando sobre o que acontecerá em teu próximo dia
o amanha trará coisas das quais jamais esquecias.
Enquanto eu sonho em mudar o mundo com palavras calculistas e frias
a vida vai passando de um jeito que jamais eu queria.
Pensando em fazer o correto e procurar o melhor para outro dia
a loucura prevalece
e tudo isso não passa de uma doida histeria.

Vai embora


Quando se passa o vento
Sinto o coração batendo
É como se ele me levasse
A dor e o sofrimento
Deixando-me a emoção do momento
Momento de amor e felicidade
Carinho e vaidade
Vaidade imensa e o amor que faz diferença
Aquele vento me faz bem
Quando leva as incertezas
E de volta me traz a franqueza
Cada vez que ele passa
Sinto que me abraça
Um abraço com carinho
Que só o vento
Faz sentir sozinho.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Natural e vivo


Algo sem querer me inspirou em apreciar a vida, apreciar pequenos momentos, sentir cada cheiro e naturalizar a cada gosto e a cada som.
Sinto uma forte atração por cores, cheiros, gostos e sons. É natural ouvir um som e imaginar nele algo doce ou amargo, o doce é o timbre afinado o amargo não chega à desafinar, mas é espantoso e adstringente  aos ouvidos.
Cheiros estimulam cores.
Gostos e sons até podem estimular amores.
Mas não quero poesias, quero falar sobre a vida e sobre assuntos naturais a ela.
A natureza por um exemplo é tudo muito bonito, expressivo, autentico e o melhor, é tudo vivo!
O som dos pássaros cantando do modo como desejam sem pensar em notas ou em qualquer outro problema, é o som mais belo e mais simples que um dia vamos ouvir em nossas vidas.
Imaginemos, nascem cantando, desafinam quando podem, chegam ao timbre maior e nem se quer observamos as notas que erram eles. E o por quê não vemos isso? Por que não notamos seus erros? Por que sabem cantar perfeitamente? Por que o ser humano não pode ser assim?
O ser humano nasce com o choro doce, porém mais adstringente se torna ao passar dos tempos, afina-se ao pensar no amor, desafina-se como se ainda existisse o perdão verdadeiro...
Quer algo melhor que viver dentro d’água, respirar sem se afogar? Ter o fôlego de um peixe que sai a nadar e nada, nada e nada? E nós o que fazemos? Respondo sem mais... Fazemos um nada! A não ser que saiba o tempo certo para se respirar.
 Nascemos pela lei do sexo, crescemos pela lei do não abandono, vivemos pela lei do oxigênio, morremos pela lei da vida.
E se tudo fosse natureza, tudo fosse como o natural?
Nascêssemos pela lei do instinto, crescêssemos pela lei da sobrevivência e vivêssemos pela lei do natural? Basicamente é parecido, instinto o humano tem, mas brinca e despoja como se fosse isso o natural, sobrevivemos pelas lutas e pelas derrotas, vivemos pela natureza existir não porque ela precisa de nós. Nós seres humanos só cuidamos daquilo que nos é instantâneo.
A vida, por exemplo, é instantânea para quem deseja que ela acabe logo.
Para o ser que diz do amor, a vida é completa e cheia de mínimos tons, toques, cheiros, cantos, cores e delírios.
Da natureza quero os mais belos cantos dos pássaros tocando e beijando meus ouvidos, quero as cores dos rios doces, amargos e claros entrando pelo meu olfato, quero  de todas as flores, folhas e ares, quero o sabor de cada fruto que na natureza existe, quero saber o por que do ser humano fazer de tudo isso que é VIVO, triste.