quinta-feira, 14 de julho de 2011

A árvore dos sexos "6" FINAL

Pois bem, hoje vou postar a ultima parte do livro A árvore dos sexos meus queridos ^^.
E sem mais vamos descobrir qual o fim da árvore e das mulheres de Bondomil. Bora La?

(...)Foi o dia mais fabuloso na história de Bondomil, nos tempos idos apenas conhecida como vila velha e bolorenta, concelho de terceira ordem e fiscal de terceira classe, a quinze quilômetros de Milharém. Talvez um dia igual aquele em que Deus descansou para distrair um pedaço.
(...)E quando os homens temiam que as mulheres fossem parir seres estranhos e monstruosos, estas sentiram-se totalmente libertas, mitigadas, atingidas por uma deliciosa sensação de desfadiga que alcançava o mesmo grau de singeleza com que haviam concebido o pecado. (...) As terras ficaram impregnadas de um aroma estranho, as algas marinhas e as flores silvestres. Era como se fosse o sopro do vento expelido por centenas de balões policrômicos e exaurirem-se em perfumes raros, armazenados há milênios, cada uma das cores desdobrando-se em eflúvios generosos.
O mais fantástico, porém, foi terem sentido esse alívio as mulheres que haviam comido o fruto da biloba. As restantes ( e não eram poucas) deram na verdade à luz, com as dores habituais do parto, parindo filhos normalíssimos, de feições parecidas às de seus progenitores.
(...)a esposa do comandante da Guarda a Cavalo tivera um filho: cópia fiel de Dom Inocêncio. E a esposa de Dom Inocêncio, um filho: chapadinho o rosto velhaco de Herodes Pôncio de Marcos Lima.

 AIUEHIAEUHAIUEHIE ME LEMBREI AGORA DO –PEDAÇO DE INFÂMIA! Rsrsr pois continuando...

(...) Assim sucedeu, aliás, à maioria das mulheres que comeram dos frutos proibido e permitido.
Mas então e as restantes? Umas, sofreram grande tristeza: com o esvaziar da barriga, num assobio, viram assim morrer uma esperança, o seu sonho de maternidade, já acalentado por vários meses de expectativa, de projetos que ruíam, agora, com a inconsistência desse mesmo sonho, dessa mesma quimera. Outras, porém (excluindo as imaculadas, que maculadas ficaram por só ter comido do fruto da árvore) , virgens que tinham deixado de ser, juntaram o útil (dos tabus) ao agradável (das provas duplas) , protegidas por uma força de circunstância impossível de controlar, quanto mais de condenar.

E assim, Maluf, Tio Gabriel e Herodes Pôncio de Marcos Lima voltaram a capital.
Finalizando então o livro Maluf lembra-se de um poema:

(...) “Nua,
de sol batida
lembra a lua
entre seios perdida.
No sexo dela estua,
mais que sexo, toda a vida”. ¹

1 Armindo Rodrigues, Obras completas.

E assim termina o livro, espero que tenham gostado do pouco que partilhei com vocês meus queridos... e até!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

A felicidade existe?

Hoje eu procurei falar um pouco mais sobre felicidade. É triste falar de algo que não sabemos se existe se é lenda se esta distinta, ou se apenas deixamos de nos apresentar a ela.
Estar em paz é felicidade? Paz é algo que necessitamos todos os dias, pois até mesmo ao acordar já estamos em guerra contra o tempo, precisamos correr para que não o percamos.  É algo do qual corremos atrás, mas deixamos brigar com o próprio ser ao agir do modo que não nos faz bem.
Agir do modo que desejamos? Isso sim é o desejo constante que possuímos.
Sair de pijamas, ficar careca, andar descalço, pintar a cara e sair gritando por amor te faria feliz? Ou até mesmo não se importar com o pensamento alheio, falar quando quiser, responder o que lhe vem a mente sem medo de te julgarem, cantar errado, dançar loucamente fora do ritmo, fazer-lhe despertar a sensação de alivio e prazer. Se isso lhe faz feliz, por que não fazer?
Eu por exemplo tenho vontade de andar apenas de botas, me imagino com os pés bem quentes e meu corpo todo frio, minhas mãos meus braços minha face a congelar, meu cabelo solto ao vento embaraçando-se ao tempo e sentindo apenas o calor do chão. Isso me faria feliz
Sentir a liberdade do tempo me tocando, isso sim seria felicidade. Porém não andaria de botas pelo resto da vida, isso seria monótono.
Pode ser isso!?
Não somos felizes, pois tudo o que nos desperta prazer e alegria é por pouco, tudo em excesso acaba-se por algo normal.
É claro que existem pessoas das quais o desejo é apenas ter onde morar, também ter o que comer ou até mesmo ter uma família.
A felicidade que falo é a de expressão, pois dentre as outras essa é a mais fútil, as outras acredito que ainda está por vir. Quando?. Acredito que nem Deus saiba.
Pode ser também que a felicidade seja algo instantâneo, que vai e volta mudando nossos destinos e fazendo de nós pessoas novas a cada riso feito a cada dor constante, a cada toque vibrante.
A felicidade está em nós basta distinguirmos nossas vontades e nossos prazeres e fazermos deles algo que nos liberte cada dia a uma nova vida, portanto vontades novas estimulam e prazeres novos e prazeres novos nos liberta a vidas não monótonas.
E assim vejo a felicidade hoje, amanha posso ter uma vontade nova e a felicidade pode vir a mudar de rumo.

Vou deixar para vocês uma música da qual gosto muito, é da época da ditadura porém eu sou do tipo que música cada um interpreta de um modo.


Beijos a todos *)

Nada

Observando vidas
Observando mares
Observando amores
Observando ares, nada é mais que amor
de amor tudo acontece
de amor a alma libera, me estimula, me desespera, me engana
caio em emboscadas
De amor vive-se tudo... vive-se nada.
Assim vivendo não sinto medo
vivo onde o mar já não me afoga, nem os ares me afoba
nem o frio me congela, nem o calor me faz esfera.
Observando, busco-me como um prol.
Quero vida, quero sol
quero o mar, quero o céu
quero mesmo um nada
a vida em cada estrada.
Quero provar da vida cada mar de amor
um amor em cada mar
e a cada amor teus ares mudar. 

terça-feira, 12 de julho de 2011

Sozinha

Sozinha eu ponho os pensamentos no lugar!
tentando entender o por que de estar sozinha
meus amigos me rodeiam, me fazem feliz
porém felicidade completa te faz infeliz.
Minha liberdade eu a aproveito
amo os livros que leio, ouço o som que quero
falo o que penso e as vezes falo o que não quero
embriago-me em distorcidas alcoólicas e metabólicas
alucino-me em momentos passageiros
arrisco-me em descobertas, penso ser esperta
depois de um longo tempo sozinha...
sozinha permaneço.
Imagino coisas das quais desconheço
penso em amar, amar e amar
Amar e disso se apoderar
sentir  um tipo de amor diferente a cada linha
mas por fim desejo estar sozinha
pois sozinha me ponho em meu lugar
sozinha faço coisas por pensar
sozinha eu desejo ainda mais
AMAR E AMAR!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

A árvore dos sexos "5"

Olá meus queridos, enfim cheguei ao final do livro A árvore dos sexos, e como o assunto do livro não foi de mudar muito.
A árvore não parava de gerar frutos em forma de genitálias masculinas e isso causava ainda mais polêmica em Bondomil, aquela cidade pacata já não era tão pacata assim.
E como um nada as mulheres de Bondomil começaram a sentir as dores do parto, foi um tremendo auê, pois a curiosidade ainda permanecia, o que nasceriam das mulheres? Seriam aberrações? Crianças normais?

(...)Poucas foram as pessoas que assistiram ao espetáculo breve e insólito, pois, a partir das oito, a tempestade recrudesceu e o que momentos antes fora um fantasma incrível arrancado à cena de uma peça irrisória transformou-se no corpo flexível de um bom gigante, bizarramente vestido de branco, maldosamente capturado, que dilacerava a túnica, perfurando-a com os braços, os dentes, as pernas, toda a sua força representada.
(...)O certo é que hora a hora as dores aumentavam e o grande medo também. (Só o medo torna os heróis normais).
-Vão nascer milhares de monstros! – roquejava a velha que se assemelhava a um galo de Barcelos com a crista vermelha espiritualizada, grávida também, para mal dos seus esporões.
(...)À anedota sucedeu-se o comentário crítico, a ponderação cientifica. Melhor: sucedeu-se o silêncio da ignorância. Nos laboratórios, o fruto da biloba foi laminado e observado através dos microscópios modernos. Fizeram-se as mais perfeitas análises químicas. Uma macaca ingeriu um dos espécimes (resultado: prisão de ventre).

Pois bem, Maluf receberá então a ligação de Angélica sua amada que por vez também estava grávida, e Angélica dizia assim:
(...) – Foi de súbito, querido...- dizia ela- após uma dor imensa... Uma coisa muito estranha... Uma diminuição de peso e de volume. Um conforto...
-Um alivio- suspirou Maluf, entusiasmado.
-Isso mesmo.
“O alivio que eu senti, também”, pensou. “Como se também eu estivesse grávido e de súbito abortasse, sem processos violentos, sem perigos, por um mero passe magnético...”
(...)-E ao mesmo tempo, querido, senti uma grande ternura. Porque foi como se eu te tivesse tido todo este tempo dentro se mim...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Uma pequena alma colorida que enfeita os dias.

O que se vê

Eu posso lhe dizer que cresci em um lugar onde as crianças brincavam na rua, andavam descalças, não importavam-se se sujas estavam ou se o cabelo era mal jeitoso e não brincavam de ser adultos, muito menos faziam de sua infância algo sem graça e insignificante.
Hoje não se vê o jogo de pião, nem meninas de doze anos brincando de bonecas ou até mesmo jogando pião com meninos. O que se pode ver hoje em dia são meninos brincando de dar peões em meninas ainda bonecas.
Obvio que ninguém é digno em dizer como deve-se ser uma criança, como ela deve brincar e como ela deve crescer.
Falando essas coisas até parece que nasci em uma época onde as crianças não viam tv, não tinham internet nem vídeo-games, acontece que eu pude e soube escolher em o que brincar como brincar e não quis ser adulto em uma fase da qual muitos desejariam voltar e fazer diferente.
Meus pais? Sim me deram tudo o que eu quis, porém me ensinaram o valor que cada um tem e o valor das coisas mais simples da vida, como por exemplo, dizer obrigada e sorrir singelamente para olhos que transmitem dor.
Sentir o perfume das flores tocando a pele já não é para muitos, muito menos para crianças que nem sabem o significado que uma possui.
Um balanço sobre uma árvore já nem excita mais pois o que é um balanço sobre uma árvore sendo que existem parques com brinquedos muito mais altos, e o melhor, você nem precisa fazer esforço algum para sentir qualquer adrenalina.
Porém a calmaria da brisa te tocando e as folhas rastejando o chão em barro onde fica?
Crianças não sabem o que querem, pois o que vivem é pouco, à pessoas com idade estendida e também não sabem o que querem, mas sabem o que não querem. Com crianças é mais ou menos assim, não sabem o que querem, porém querem aquilo que não sabem.
Dói a alma e os olhos ver a situação em que vivemos, não generalizando pois ainda existem crianças distintas e o melhor, ainda existem pais que salvam suas crianças pena que são poucos os que vivem pela delicadeza das flores e pelo perfume que elas tem.

A árvore dos sexos "4"

Pois bem, vou postar mais uma parte do livro A árvore dos sexos que acredito ser interessante e para engrenar ainda mais nessa onda de viagens e mais viagens.

O dono da pensão onde Maluf se hospedava dizia que não era a primeira vez que acontecimentos como aquele ocorriam em Bondomil, pois então contou um de seus casos a Maluf, e era mais ou menos assim:
(...)- O homem, um tal Rogélio, femeeiro como outro não havia por estes lados, tinha propriedades numa margem e noutra da fronteira. (...) Rogélio era uma figura distinta, quase lendária. (...) era solteiro, tinha dinheiro, sabia viver a vida, pedaço a pedaço e sempre o melhor. Possuía uma carruagem puxada a dois belos cavalos e era vê-lo correr as estradas, a lanterna varrendo as sebes, as vinhas, o arvoredo. Isolado, lá na frente, o cocheiro sabia que o patrão adorava fazer amor pelos caminhos, aos solavancos. E algumas moças sabiam também que era poético perder assim uma virgindade, numa noite de inverno, a chuva fustigando o tejadilho, impiedosamente, o vento soprando contra a portinhola, os cavalos relinchando no escuro, as rodas saltando nas pedras, os estremeções obrigando o par a apertar-se mais e mais sob as mantas grossas de lãs. Os gemidos apagados deviam confundir-se com a fúria da noite. Você está vendo a cena? A corrida para o prazer, os cavalos libertando o seu bafo, o cocheiro insensível, embrulhado na capa, o capuz para os olhos, a vertigem de uma fuga que não era fuga, os cascos ferindo os seixos, soltando faíscas que confundiam com as outras, as de lá de dentro, as de cá de fora, de ambos os céus, o trovão a rolar pela montanha abaixo. Depois um sono breve, arrastando o gozo.
(...)Chamavam-lhe a carruagem do amor. E na primavera  surgiam sempre mulheres que lançavam mãos cheias de flores por cima do carro. Era uma espécie de oferenda para o futuro. Como se essas mulheres dissessem: “Aí vão já as ânsias do meu corpo”
(...)- Mas um dia sucedeu uma tragédia. Andava Rogélio pelos trinta anos. Tudo o que em si fora virilidade desabara de um instante para o outro. A principio julgou tratar-se de cansaço momentâneo, fastio ocasional. Mas em breve, possivelmente horrorizado, viu que a desgraça era definitiva. A carruagem deixou de voar pelos caminhos, as moças esqueceram-no. Ele próprio fugia ao seu encontro, optando por viver do lado de lá do rio. E numa noite de inverno, era o mês de janeiro, Rogélio dirigiu-se ao jardim. Foi o seu último passeio. Sem carruagem, sem moças, sem amor. Sozinho e a pé. De manhã encontraram-no  enforcado na biloba. As mulheres desde aí, passaram a fazer a festa da árvore numa espécie de alegoria pagã, anual. (...) cantavam dançavam e depunham flores à volta da biloba, pedindo-lhe que esta lhes proporcionasse o milagre de ter filhos. Criara-se o meio de que a árvore  exercia efeitos mágicos no organismo, contrariando a fenomenologia da esterilidade.
(...)Tinham se passado cem anos, e no dia em que se deveria realizar a festa a biloba começou, num gesto de represália, a  dar esses pequenos sexos, viçosos, como se quisesse, primeiro vingar-se, e depois homenagear aquele que se enforcara por ter deixado murchar seu próprio fruto.

Olha eu sou do tipo que acredita sim em lendas e histórias, e essa foi bem feita hein, vai saber se não é por esse motivo que a árvore da esses frutos. Rsrsrsrsrsr
Até mais queridos!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Erros e realidades

Em alguns momentos pensamos estar errados sobre o decorrer de nossas vidas e logo quando essa idéia toma conta de nós, entendemos que o erro já não faz tanta importância assim, pois é  como dizem:  é errando que se aprende, porém errar não faz de nós pessoas mais sabias e sim sempre incertas.

Perdi-me fazendo o errado pensando ser o correto.
Porém o errado ensina o que é real
E o que é correto, nada mais é que a própria realidade.
Realidade que posso substituir pelo erro e aprender cada vez mais.
Perdendo-me estou
Corrigindo realidades com meus erros
E errando em realidades.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A árvore dos sexos "3"

Olá! Bom eu não estou me contendo ao ler o livro a árvore dos sexos é muito hilário, eu havia dito que não ia postar partes do livro, porém não haverá graça eu partilhar sobre que li sem ao menos postar das partes que acredito que gostem... Então vamos lá ver a 3ª parte?

A árvore estava causando polemica geral em Bondomil.
Nesse período já havia duas virgens das quais ao experimentarem do fruto, grávidas ficaram. E o mais interessante foi a mulher do Comandante da guarda a cavalo que também ficou grávida.. e foi mais ou menos assim:

(...)A esposa do comandante da Guarda a Cavalo havia chamado o médico. Agora, na flor de uma apetecível idade balzaquiana, começara a ter tonturas e desmaios. E pior ainda: apetites. O médico diagnosticou, sem reservas, umas gravidez normal, o que jamais lhe acontecera no curso de vários anos de matrimônio.
-Como explicas tu isto? –perguntava mais tarde o comandante.
 (...) Impotente ultrapassara os setenta e cinco pelo Pentecoste, mas a lei permitia-lhe poder cair, aqui duplamente, no seu posto. (...) Sentindo-se traído, mirava, ora a esposa , ora a carabina suspensa da parede, disposto a cometer um sacrilégio.
(...) –Quero aqui todas as declarações. Imediatamente! Nome. Idade. Filiação. Estado! – julgava-se no gabinete a inquirir dos meliantes as biografias e as façanhas menos recomendáveis.
-Mas tu não sabes isso tudo? – perguntou ingenuamente a mulher, voltando a cara.
-Falo dele e não de ti, pedaço de infâmia!
-Falas dele? Mas dele, de quem? – virou-se para o marido, um grande espanto no rosto
-Não te faças de ingênua, no momento em que te transformasse em puta! – e enquanto expelia a enormidade arrancou a arma da parede.
-Tu atreves-te... – ia ela dizer. Mas sentiu uma vertigem, viu o marido a rodopiar dentro das ceroulas, a carabina a girar como uma ventoinha, e caiu pesadamente no chão.
Nessa altura bateram à porta. (...) Entrando Dom Inocêncio deu com a mulher estendida no solo e recuou espavorido.
(...) – Que vem a ser isso homenzinho de Deus? Você matou a sua mulher?
-Não matei, mas era o que ela merecia.
(...)- Esteve aí o médico. Gravidez...
(...) – Mas que posso eu entender, com os demônios? Espere... você disse que ela está...? Parabéns homem vai ser pai!
(...)-Dom Inocêncio, por favor, não brinque com coisas sérias. Já passei a idade dos certos prazeres que resultam, infelizmente...não sei se percebe...
-Não percebo nada meu amigo – cortou o visitante. – Já o felicitei, agora levantemos a sua esposa, prostrada certamente pela emoção.
(...) Ao abrir os olhos, vendo Dom Inocêncio aos pés da cama, a senhora desmaiou de novo e Dom Inocêncio fez-se muito pálido, mas disfarçou puxando o outro de parte.

E enquanto o Comandante da Guarda a Cavalo saia para resolver assuntos da árvore eis que surge o inesperado.. HAHA é meus caros isso mesmo que vem a mente de vocês agora também veio em minha mente... VAMOS CONTINUAR...

(...)O comandante saiu. Dom Inocêncio foi pausadamente à janela. Viu-o a dobrar a esquina, curvado ao vento e à chuva, enrolado na capa, como um embrulho.
Quando se voltou foi envolvido pelos braços da mulher.
- Estamos perdidos- disse ela
- Perdido por quê? – Disfarçou Dom Inocêncio.
-  E nós com tantos cuidados...
- Mas tu tens certeza? – perguntou ele, olhando-lhe o ventre
E sem esperar a resposta foi-a empurrando novamente para a cama, disposto a fazê-la desmaiar, agora duma maneira mais agradável.

HAHAHAHA olhem só  eu imagino cada cena ao decorrer do livro.
Esperem mais posts que logo vamos descobrir o mistério da Árvore dos sexos.
Até meus queridos.

Quando éramos jovens

Sempre me pergunto como nós velhos éramos quando jovens.
Deixa triste quando se perde tudo, é cruel viver das reles lembranças .
Acho se concentrarmos de verdade, poderemos observar o passado.
E dá para imaginar como eram jovens os velhos que conhecemos, é difícil. Mas o que só consigo ver que estamos todos velhos e doentes. 

Quando dormindo, em instantes, estou carregado pela nuvens de fumaça em minha volta, e é apenas um cordão de prata que me separa da factível realidade e as formas surreais desse mundo paralelo. 

Nessas horas, não tenho onde me esconder a não ser em mim mesmo, gritar até as forças se esgotarem , mas apenas o nada. Então, eles sempre acabam me rodeando , agarrando-se em meus sórdidos reflexos. Proferindo ódios e escárnios confortos.

Felizes são aqueles que sabem o seu lugar no mundo. Enxergar o esplendor em coisas pequenas, viver o momento como crianças, é um dom raro num humano. 
Então, por que todas as crianças desapareceram cedo demais ?



Créditos ao meu querido amigo Anderson Hazenfratz   quem criou esse lindo escrito.