quinta-feira, 4 de julho de 2013

Ela

Não se sabe ao certo o que vamos ter daqui pra frente, não se sabe o que vamos fazer para encontrar o dia perfeito, não se sabe quando o sol pode brilhar não se sabe se a lua aparecerá nas noites em que só queremos fechar os olhos e apagar, não se sabe o que quer dizer apagar, não sabemos onde vamos acordar, não sabemos se o que pensamos saber é o correto nem sabemos se pensar é correto, não sabemos se existe a certeza, não sabemos o porque de existirmos e não sabemos o porque de nos perdermos, não se sabe se os olhos é que se apaixonam ou se é o corpo que se atrai, não sabemos se amamos ou se nos deixamos amar, não se sabe o que é saudade nem o que é não sentir falta, não se sabe o que é ódio e nem se sabe o que é a morte.
Nesses dias em que tudo não passa além de dias eu decidi a enfrentar. Não só por desafio, procuro saber o que ela quer, não enfrento a noite nem o dia, nem o quente nem o frio, não enfrento o amor nem o pior sentimento, muito menos a morte o que eu decidi enfrentar foi a ELA!



 (primeira parte)


E quando o ultimo suspiro foi de prazer, ela já estava lá!
Assim crescia sem entender o que era aquilo, onde estava, o que iria acontecer, e quem ela era. Não se sabia de nada, simplesmente nada, não tinha olhos e nem se quer um membro ainda formado, porém sabia que ali existia algo em qual o amava muito ou talvez estivesse só por fazer dos dias em que viverá um suposto inferno. Inferno não seria o que pensará, pois de nada sabia, nem mesmo o que seria ele e porque ELA sempre ali estava.
Os meses passavam e ele ouvia apenas vozes das quais ele nem se quer se importava algumas ele até sentia certo carinho e ainda não sabia o que era tudo aquilo.
Foi crescendo e aquele lugar onde se encontrava estava cada vez menor seu corpo nem flutuava mais como nos meses anteriores, aquilo era incômodo e se perguntava: Por que estou aqui? Por que eu? Por quê? Eu não me lembro de pedir algo parecido, também não me recordo de nada além desse lugar e dessas vozes, talvez a única coisa da qual eu lembre fora ELA, e não me recordo dela antes de vir pra cá, recordo por pensar nela. Como ela é? Quem é ela? Será que ela é mesmo ELA? Que ser maravilhoso é esse que me faz ter vontade de sair daqui e ir a seu encontro?
E as perguntas vinham de acordo com que ela vinha a seu encontro.
As vezes em que mais foi feliz foram as vezes em que ela falava com ele, sua voz era doce como algo em que se experimenta em uma só vez, não expressava face alguma pois ele nem a imaginava e nem nunca se quer a tinha visto e mesmo assim sabia que ela era o ser mais lindo em que podia existir. Sua cabeça repousava quando ela dizia que logo ele veria o mundo, e como só questionava queria saber o que era o mundo, o que seria esse tal universo e o que ele encontraria, logo se esquecia dessas perguntas e voltava-se as mesmas, queria mesmo era saber quando é que ele a veria e aí sim sua cabeça repousava naquele colo em que ele só sentia, sem tocar e nem ver, apenas a sentia.
Sua ultima fala antes dele sair daquele lugar onde seu corpo nem se quer cabia foi a seguinte:
-Em breve serei sua, não dependerei de mais ninguém para que me veja novamente, faça-me ser o que quer que eu seja! E assim ela não pronunciou mais nada, não se foi, mas também não se fez presente.
E em uma manhã de muito sol ele a sentiu de verdade pela primeira vez. Não abriu os olhos, pois não tinha forças para isso e ainda assim à viu, e assim a descreveu:
-Pele branca, aquela que quase rosada, mas nem tão corada, seu corpo não tinham curvas das quais eu vi quando maior aquele corpo era mais era muito mais do que eu já havia conhecido, seus cabelos eram de um castanho que às vezes mudavam de claro para avermelhado, isso eu entendi com o tempo que seu cabelo mudava de forma com que eu a enfrentasse. Ela era simplesmente perfeita e quando eu nasci ela me estendeu os braços e se apresentou como: VIDA!

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